“Na
verdade, a forma que corresponde ao intelecto do Homem é o começo, o meio e o
fim do processo. (...). O ser humano é a forma principal e o maior no opus
espagírico”
Gerardus
Dorneus (1530 - 1584)
Dizem
uns que a palavra "alquimia" vem da expressão árabe al-Khen (de raiz
coreana, alkimya), que significa "A Química". Outros acham que está
relacionado com o vocábulo grego chymba, que se relaciona com a fundição do
elemento químico mercúrio. É, Mercúrio é assim de importante a ponto de ser
colocado na denominação da Obra, por isso vamos começar por ele.
A
Grande Obra alquímica é o processo de transformar chumbo (em alguns tratados são
as fezes que vão ser transformadas) em ouro através dos vários procedimentos
mostrados pelos signos. Muitos alquimistas afirmam que isso só seria possível
quando se processasse a transformação interna do alquimista, que trabalha em si
para evoluir e caminhar em direção ao ouro interno. “Como acima assim abaixo,
dentro é fora”, dizia a Tábua Esmeralda, e por isso, trabalhando os elementos
materiais se trabalha os elementos internos. Saturno é a representação do
Chumbo, e Mercurius é o “brilho claro
e argênteo” (Milio) que habita o coração de Saturno e precisa ser libertado
para transformar e ser transformado nesse processo.
Tudo
começa com o orvalho, utilizado para umedecer ou banhar os elementos mercúrio e
enxofre que possibilitam a transformação. O enxofre é o princípio fixo, ativo,
masculino, que representa as propriedades de combustão e corrosão dos metais,
ligado a Marte. O mercúrio é o princípio volátil, passivo, feminino, inerte.
Para a Obra é necessário utilizar tanto nossa natureza ativa quanto a passiva.
Ambos, combinados, formam o que os alquimistas descrevem como o "coito do
Rei e da Rainha", que vai gerar o novo ser. O sal é o dissolvente
universal (também chamado arsénico), e é o meio de ligação entre o mercúrio e o
enxofre, associado à energia vital que une corpo e alma. A ação transformadora desses
três elementos (sal, mercúrio e enxofre) trazem à tona o espírito de Mercurius para que a matéria pesada se
transforme em algo precioso.
O
planeta Mercúrio está simbolicamente conectado à esfera mental da nossa psique
individual, e no trabalho Alquímico age e acompanha todo o processo. É fácil
compreender isso quando lembramos que a Tábua Esmeralda do sábio personagem
Hermes Trismegisto (estou saindo do pressuposto que vocês sabem o que é a Tábua
Esmeralda e seu “autor”, mas se alguém necessitar de maiores explicações, por
favor, me avisem) tem o mental como princípio básico: "O Todo é Mente; o
Universo é mental." O universo funcionaria como um grande pensamento
divino, onde toda a criação principia como uma ideia da mente divina que
continuaria a viver e a ter seu ser na divina consciência. É o mesmo que
aparece no Evangelho de São João: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava
junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus”. Jesus
Cristo é o Mercurius alquímico que
“(...) estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. ”
(Evangelho de João, 1, 1 – 3)
Mercúrio
é esse paradoxo que cria o mundo e é prisioneiro do mundo criado, e isso fala
muito do nosso mental. Nossa espécie, a humana, se diferenciou dos nossos
irmãos animais exatamente por essa curiosidade mental, essa capacidade de ir
além da experiência concreta e construir abstrações que expliquem nosso mundo
externo e interno: humanos, não os pinguins, descobriram que há gelo em
Plutão; humanos, e não toupeiras, teorizam sobre os buracos negros. Nossa
espécie trata isso como algo que não apenas nos diferencia, mas também nos
torna superiores, nos fazendo semelhantes a um Grande Criador dono do mundo:
assim como nós criamos cadeiras, alguém deve ter criado à nós e ao mundo. Essa
concepção também é uma prisão onde não conseguimos avaliar corretamente o valor
daquilo que não se enquadra em uma visão antropomórfica.
Em
Gerhard Dorn (c. 1530 – 1584) encontramos que “através do estudo (...)
adquire-se conhecimento; através do conhecimento o amor, que cria a devoção; a
devoção cria a repetição e fixando-se a repetição cria-se em si mesmo a
experiência, a virtude e o poder através dos quais o trabalho miraculoso é
realizado; o trabalho na natureza possui essa qualidade” (Marie-Louise von
Franz - Alquimia e Imaginação Ativa –
pg 43). Essa é uma boa maneira de descrever o método científico utilizado até
hoje e também de como adquirimos novos valores, novas visões de mundo, novos
saberes e como isso nos modifica e se torna parte de nós.
As
Neurociências nos confirmam que é através daquilo que pensamos da vida que
nossa vida acontece, que aquilo que cremos ser a realidade se transforma em um
filtro de percepção que nos faz viver naquilo que acreditamos. Nesse sentido,
aquilo que conhecemos cria o mundo em que vivemos ao mesmo tempo que nos
aprisiona nesse “cercado” conhecido.
Mercurius como símbolo do processo
de entendimento, de conexão e integração, que liga o masculino ao feminino e
permite ao Grande Transformador completar a transmutação das substâncias, tem
primeiro que se libertar do aprisionamento que ele mesmo criou no coração de
Saturno, com todas as crenças errôneas e limitantes que cristalizaram seu
mundo.
Nossa
busca primeva então é de como fazer para libertar Mercurius. Nossa matéria pesada e densa deve passar por quatro
fases para que aconteça a transformação do chumbo em ouro, e nesse processo
Mercúrio vai se libertando e guiando as mudanças. Lembrando que muitas vezes é
preciso voltar a fases anteriores para que o processo possa continuar, pois o
caminho é espiralado e não uma reta sem fim. C.G.Jung e outros analistas
junguianos viram nessas fases o processo psíquico de individuação. Como cada
fase está ligado a um astro diferente, quando falar de cada dos planetas vou
aprofundando o processo. Aqui vou falar de cada fase tendo em vista a busca
pela libertação e evolução de Mercúrio usando como pano de fundo os conceitos
junguianos.
A
primeira fase é o NIGREDO, palavra associada à cor negra, a Saturno, ao chumbo.
Ou à merda. É o pesado, difícil e causa sofrimento. Então o primeiro passo do
trabalho alquímico é verificar a merda em que você se meteu e aceitar isso.
Jung diz que essa fase corresponde ao encontro com a Sombra, que é a parte da
personalidade que foi enterrada por não poder ser aceita e que se transforma em
nosso Inimigo. Sabe aquele dom artístico que você tinha quando pequeno, por
exemplo, e que desapareceu de tanto você ouvir que arte é coisa de vagabundo
(ou o prazer em se arrumar e se exibir que foi considerado superficial e
errado, ou o interesse por matemática visto como coisa de cdf idiota, etc. ad infinitum)? Então, esse dom vai para
a sombra inconsciente e toda vez que você cruza com um artista você se irrita,
acha que ele deveria trabalhar em algo bem burocrático e pouco criativo para
ser respeitado, e ai de um filho seu que queira tocar piano. Essa Sombra vai te
encher de cobiça, raiva, inveja, melancolia e te convencer a abandonar ações
positivas. Quanto mais inconsciente ela for, mais julgamos o mundo como um
lugar triste, sem esperança, onde as pessoas não são confiáveis. Uma merda,
mesmo.
Essa
é uma fase considerada muito perigosa, pois o chumbo ao ser manipulado solta
gases venenosos que podem enlouquecer, quando não mata o alquimista. É
recomendado que esse trabalho seja feito de maneira protegida e acompanhado de
alguém mais experiente. O risco que corremos ao encarar todas as coisas pesadas
que fazem parte de nós é a de esquecermos do Mercurius que habita o coração de
todo Saturno, deixando que a sombra tome conta de tudo e nos destrua sem que
nada novo nasça. Qualquer pessoa que experimentou depressão profunda pode dar
testemunho das dificuldades e dos perigos do Nigredo, de como é estar
envenenado pelos vapores do chumbo. Enlouquecedor e muitas vezes fatal. Esse é
um momento de introversão e também de incubação, onde encaramos nossos limites,
fraquezas, frustrações e negatividades para reconhecermos que isso também faz
parte de quem somos, e ao nos juntarmos com nossa Sombra realizamos o “coito
entre o Rei e a Rainha”. Reconhecemos como sendo nossa responsabilidade cuidar
dessa parte que por qualquer motivo mantínhamos escondido em um quarto escuro e
fechado do inconsciente. Eva Pierrakos, que canalizava o Guia do Pathwork,
dizia que quando o mal é compreendido como fluxo de energia divina
momentaneamente distorcido devido às ideias errôneas, a conceitos e
imperfeições específicos, ele não é mais rejeitado em usa essência. Com o
reconhecimento da Sombra, trazendo-a para a luz, sua força diminui e podemos
aprender a não nos deixar dominar por ela ao mesmo tempo que nos tornamos mais
inteiros. É Mercurius se revelando no coração de Saturno, que de quebra ainda
nos traz os dons que estavam sendo guardados pelo Inimigo.
ALBEDO
é o branqueamento da matéria: fase lunar, onde se usa a prata e a água para
purificar e clarificar. Entramos na segunda fase, onde as impurezas são
filtradas, analisadas, separadas, destiladas, organizadas e algumas até
dissolvidas. É uma fase passiva, onde os conteúdos emocionais e inconscientes
contaminados que vão aparecendo podem ser analisados e conseguimos separar as
emoções das memórias e entender como somos, como nossas vivências foram nos
construindo, quais são nossas motivações mais profundas. Mercurius descoberto
no coração de Saturno começa um trabalho de destilação que resulta na
purificação da matéria pesada, que pode agora ser entendida através
principalmente do olhar sobre o próprio universo emocional e inconsciente. É a
construção do Cálice Sagrado. Sabe aquela sensação depois de um workshop
terapêutico de imersão, ou um fim de semana xamânico, ou uns dias de retiro de
silêncio, etc., que você se sente mais leve e um monte de coisas passam a fazer
sentido? Isso é Albedo. Mas claro que não é uma fase totalmente isenta de
perigos. Lembram-se que é uma fase lunar? Pois então. Aqui, estamos conectados
com nossos estados emocionais mais primários, nossos mecanismos de
sobrevivência inconscientes, e entre eles temos nosso precioso sentimento de
clã. O perigo é começar a pensar que somos alguém iluminado e limpinho,
passando a criticar todos que não seguem o mesmo caminho e que não fazem parte
da nossa tchurma, caindo no maior pecado para os gregos e que já derrotou
muitos heróis: a hibris, o orgulho. Essa
é uma fase introspectiva e Mercurius tem que vencer a tentação de se animar
demais com suas sacadas brilhantes sobre a própria história e passar a
generalizar seu processo para toda a humanidade. Aí você pode começar a
acumular rancores, raivas e mal-entendidos e tem que voltar uma casa para encarar
mais um pouco de Nigredo. O que não é um grande problema depois de já conhecer
o caminho. Essa é uma etapa de compreensão passiva, onde nosso eu mercuriano
tem que ligar A com B, encaixando o quebra-cabeças de quem somos e passando
pelas emoções que fazem parte da nossa história para deixa-las transparentes. As
tentativas de ação aqui, seja entrando em uma análise sem fim achando que vai
encontrar as leis universais ou querendo que todo mundo faça igual, ou mesmo
querendo continuar por aqui quando essa fase já se esgotou, pode fazer com que
seja necessário retornar à fase anterior por conta da putrefação que acaba
gerando.
CITRINITAS,
a terceira fase, é amarela, do enxofre, do trabalho com Marte. Aqui saímos da
fase passiva para a ativa. A imagem que mais aparece nos tratados alquímicos
dessa fase é a do Lobo ou do Leão que devora o Sol. Uma receita citrinitas fala
de se pegar o Lobo, cortar suas patas e misturá-lo com o Velho Rei (que já não
tem forças nem virilidade para fertilizar o reino) em um recipiente bem fechado
e cozinhar em fogo lento até eles se misturarem e se transformem no novo rei. Os
dois ficam se batendo ali e você tem que continuar firmemente mantendo o
recipiente fechado até acontecer a transformação. Assim, temos o casamento de
Mercúrio com Marte, que dá ao espírito de Mercurius
uma força ígnea capaz de cortar o que prejudica seu desenvolvimento e
possibilita nossa psique passar das questões pessoais para as questões mais amplas,
que envolvem o mundo e as pessoas que estão além do nosso umbigo. O Velho Rei, em
sua senilidade, é aquele que traz as crenças e verdades ultrapassadas, que já
não servem se queremos avançar no caminho, ao mesmo tempo que possui a
experiência e sabedoria adquirida com o tempo. O Lobo é a forma teriomorfa do
ouro alquímico, que não pode morrer mas precisa ser contido para que sua força
possa ser utilizada. Mercurius vai ganhar sabedoria e força nesse processo e
assim se transformar. O enxofre, enquanto fogo alquímico, transforma o mercúrio
feminino, volátil e frio, no “Mercúrio dos Sábios”, um Mercurius livre para
explorar para além de si de maneira ativa. Essa fase é chamada de “morte
amarela”, pois aquela noção de “eu” que tínhamos tem que morrer para que o novo
ser possa nascer e entender o mundo além de si. Ao nos purificarmos nas duas
primeiras etapas nos transformamos no “cálice sagrado” capaz de conter a nova
vida que nasce da união de Marte com Mercúrio, da transformação do Velho Rei e
do Lobo. Mercúrio passa a contar com a intuição e a conexão com o supra
consciente para além da sua capacidade cognitiva, pois dizem os alquimistas que
o Sol desce até ele para iluminá-lo. Nossa psique aprende, através das batalhas
que agora pode enfrentar, a pensar por si mesma em vez de aceitar o que os
“outros” (a família, a sociedade, a TV, a igreja, a Veja, etc.) dizem ser a
verdade e passa a se basear em suas próprias percepções e experiências, não só externas,
mas principalmente internas, aquelas que vêm do contato com o divino dentro de
si e que mora em seu coração, representado pelo Sol que desce no recipiente
puro que Mercurius se transformou. Aqui temos o ouro mas de uma maneira
instável, que ainda precisa ser trabalhado para se fixar. Há uma busca por
compartilhamento das experiências e nossa mente é capaz de entender o
significado mais profundo de compaixão, o que irá possibilitar a passagem para
a quarta e última fase.
O
RUBEDO é a fase vermelha, de Vênus, que irá possibilitar que o Sol/ouro se
estabilize. É o processo de síntese interna, unindo as forças opostas que atuam
dentro da gente e que gera a Pedra Filosofal, aquela que transforma qualquer
coisa em ouro. Uma boa imagem que resume essa fase é dada por Zózimo de
Panópolis (meados dos anos 300 d.C): “Ele (o divino) aparece junto ao demiurgo,
mas é um opositor das esferas planetárias; rompe o círculo das esferas e se
inclina para a terra e a água (isto é, está prestes a projetar-se nos
elementos). Sua sombra cai sobre a terra, mas sua imagem se reflete na água,
incendiando o amor dos elementos. A imagem refletida da beleza divina o
embevece de tal modo, que gostaria de habitar dentro dela. No entanto, mal
desce, a Physis o envolve em abraço apaixonado. Deste abraço surgem os
primeiros sete seres hermafroditas (que são os próprios astros). ” (C.G.Jung –
Psicologia e Alquimia – pg 313).
Isso é ou não é a Pedra Filosofal, transformando
sua vida em ouro?
Uma observação que a maioria dos tratados
alquímicos traz é sobre a importância do meditatio
e do imaginatio para que o Alquimista
consiga lograr seu objetivo. Meditação e imaginação ativa (que Jung diferencia
veementemente da mera fantasia) são uma maneira de fazer com que se conheça a
própria mente e aos poucos se abra espaço para o Mercurius alquímico e sua
transformação. Dos místicos cristãos aos sábios budistas, de xamãs Yanomami a
guias espirituais das mais variadas vertentes, todos os que encontraram uma
maneira de entrar em contato com a divindade interna, unindo o celeste com o
terreno, falam dessa necessidade de trabalho com a mente para direcioná-la ao
que há além do “eu”, da nossa pequena identidade, e utilizam para isso a
meditação. O estado meditativo da mente possibilita a comunicação com o Eu
divino através da imaginação.
Astrologicamente falando, tanto o Mercúrio pessoal,
que encontramos no mapa astral (por signo, casa e aspectos), quanto os
trânsitos de Mercúrio ao longo do seu ciclo pelo zodíaco, que o faz entrar em
contato com os vários pontos de nosso mapa, podem nos mostrar caminhos para
essa transformação se estivermos empenhados nessa direção. Esse planeta, sendo
o mais próximo do Sol (o representante da divindade), está em sintonia com
nossa estrela mais do que qualquer outro. Tenho visto que pessoas com os
maiores desafios mercurianos no mapa (coisas como aspecto com Saturno ou com
Plutão, ou o famigerado Mercúrio Retrógrado, por exemplo) acabam tendo um
refinamento intelectual acima da média e histórias internas de dificuldades com
a expressão mental que os levou nessa direção de introspecção e auto superação e
lhes trouxe um tesouro afinal.
Um intelecto refinado, porém, não é o suficiente. Não
é difícil encontrar pessoas refinadas intelectualmente que continuam com o
coração de chumbo e que fogem do processo de Nigredo. Até Citrinitas conseguimos
chegar através de esforço consciente e disciplina, porém a entrega à união dos
opostos, que põe fim à dualidade em que vivemos, pensamos e construímos nossa
identidade, só é possível através de nosso refinamento amoroso. Em Rubedo
deixamos de pensar para sermos pensados pela “divindade que habita nossa alma”,
como disse Sócrates a Fedro através de Platão quando lhe explica o que é o Amor.
Esse é o Amor que precisa ser despertado na última fase. Ou, como diria Santa
Teresa D’Ávila:
“Ó vida, que posso eu dar
A meu Deus, que vive em mim,
A não ser perder-te, a fim
De O poder melhor gozar
E não tenho outro querer;
Que morro de não morrer”
“Vida, qué puedo yo darle
A mi Dios, que vivi em mí,
Se no es perderte a ti,
Para mejor en El gozarle?
Quiero muriendo alcanzarle
Pues a El solo es el que quiero,
Que muero porque no muero”
Sim, Mercúrio também pode nos levar até o Amor
maior, além de fazer a lista de compras do mercado.
PS. O filme "A Revolução do Altruísmo" (2015), documentário de Tierry de Lestrade e Sylvie Gilman, traz boas informações para entender Mercurius. A Globosat oferece esse filme free pelo link http://globosatplay.globo.com/globosat/v/5399360/
PS. O filme "A Revolução do Altruísmo" (2015), documentário de Tierry de Lestrade e Sylvie Gilman, traz boas informações para entender Mercurius. A Globosat oferece esse filme free pelo link http://globosatplay.globo.com/globosat/v/5399360/
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