terça-feira, 4 de novembro de 2008

Palavras de Sabedoria

Viver no agora é viver na onda do tempo. Nessa dimensão, o tempo flui em certo movimento e ritmo. Esse movimento pode ser determinado por estações, dia e noite, pela posição dos planetas em relação à terra, e pela posição da terra em relação aos planetas, todos em movimento no espaço. Esses movimentos criam certas ondas rítmicas. Em pequeno grau, o homem, no curso da história, sentiu algumas dessas leis do movimento rítmico do tempo, como, por exemplo, na astrologia. Somente uma compreensão muito limitada foi alcançada nessa questão. Mas todos sabem e sentem e até expressam isso em termos de possuir “tempos bons” e “tempos difíceis”. Haverá um período em que as coisas vão bem, em que tudo que se inicia dá certo e dá bons resultados. A pessoa se sente mais livre que o usual, com um panorama esperançoso, apesar de condições problemáticas existentes. E então há tempos da curva em baixa da onda quando tudo parece dar errado. Qualquer um que persevere com um desejo sincero de todo o coração de olhar para si mesmo na verdade irá, cedo ou tarde, chegar a um ponto em que esses “tempos ruins” – que são literalmente a manifestação da desarmonia que o homem criou na sua relação com a dimensão temporal – garantirão tal vitória, tal compreensão que ele não mais experimentará a curva descendente do movimento do tempo como um período depressivo, chato ou desvantajoso. Pois cada momento da vida, verdadeiramente experimentado na realidade do agora, proporcionará uma aventura e excitamento de forma harmoniosa e pacífica, digna da essência da vida. Mas isso não pode ocorrer, a menos que você primeiro aprenda a avaliar e compreender a negatividade em você, e assim os seus “tempos ruins”. Então você estará na sua dimensão temporal. Então você experimentará qualquer coisa na realidade. E essa paz, essa âncora em você mesmo, não é algo que possa ser descrito. Não pode ser substituído com qualquer outra realização, estado ou objetivos aparentemente nobres e desejosos. É uma riqueza, e há riquezas contidas em cada alma individual. Elas são suas, basta a solicitação. Geralmente é triste para nós notar como os seres humanos tornam na direção errada, procurando esse contentamento que vagamente sentem que existe. Como vocês perdem literalmente tempo procurando soluções e satisfação na direção errada. Pois apenas quando a pessoa encontra o valor da sua riqueza interior ela parará de fugir dolorosamente do agora, e não mais estará longe de si mesma. Então ela não procurará seu sustento de outras fontes. Enquanto ela estiver dependente dessa fonte de vida exterior, ela tem que passar por todos os tipos de meios que diminuem e enfraquecem seu eu real ainda mais.
Palestra do Guia Pathwork 113, não publicada - Tradução: Mauro de Souza Pinto.